Capítulo 3 — Vozes Entre as Paredes

Desejos Destravados


conversa sexual ao telefone


Toques que Começam com Riso , conversa sexual ao telefone

A noite estava abafada, as janelas abertas deixavam entrar o cheiro doce das flores do jardim. Fernanda e Patrícia estavam deitadas lado a lado, rindo de uma lembrança boba da infância, aquelas memórias que surgem do nada, como desculpa para estarem juntas, mais perto do que deveriam.

Fernanda vestia apenas uma camiseta larga. Patrícia usava uma regata fina, sem sutiã, e um short de pijama que mal cobria suas coxas.

— Lembra quando a gente encheu a banheira de espuma e fingiu que estava num clipe da Beyoncé? — riu Fernanda, tocando o braço da irmã.

— E a mamãe quase teve um infarto quando viu a bagunça…

As risadas foram diminuindo, os olhos se cruzaram. As pernas já estavam encostadas. Os ombros também. O calor da pele parecia aumentar entre elas. O ar ficou mais denso, como se o tempo parasse para ouvir.

Fernanda levou a mão ao rosto de Patrícia, com um gesto lento, carinhoso.

— Você é linda — sussurrou, com a ponta dos dedos roçando a maçã do rosto da irmã.

— E você… me deixa sem ar.

Fernanda inclinou o corpo e beijou a irmã pela primeira vez. Lento, doce, um selinho que logo se aprofundou. As bocas se abriram, as línguas se encontraram, e os corpos se ajustaram um ao outro com naturalidade.

Patrícia gemeu baixinho, como se estivesse realizando um sonho silencioso.

A noite seguiu com mãos deslizando, dedos explorando, mamilos enrijecidos sob toques suaves. Fernanda conduzia tudo com leveza, guiando a irmã em seu primeiro contato íntimo com outra mulher.

E, naquela cama de lençóis finos, as duas se pertenceram pela primeira vez.


O Aviso ao Amanhecer

O sol mal havia subido quando Fernanda se espreguiçou nua na cama. Patrícia ainda dormia, um sorriso leve nos lábios, corpo nu coberto apenas até a cintura.

Fernanda se virou e sussurrou:

— Hoje… Marcos vai ter a surpresa que ele tanto pede.

Patrícia abriu os olhos devagar.

— Surpresa?

— A primeira vez… pelo outro lado.

Os olhos da irmã se arregalaram. Ela sentou na cama, nua, ainda com a pele úmida da noite anterior.

— Você vai… deixar ele?

Fernanda sorriu.

— Vou tentar. Ele sonha com isso. Hoje eu estou com vontade de agradar. Mas quero que você ouça.

— Claro. Você quer que eu esteja na extensão?

— Sim. Mas mais que isso. Quero que você saiba junto com ele. Quero que você sinta.

Patrícia mordeu o lábio inferior, e as pernas se fecharam instintivamente de tanto calor.

Naquela tarde, Fernanda passou horas se preparando. Tomou banho longo, usou lubrificante novo, lingerie provocante. Deixou tudo no jeito para receber Marcos como ele sempre quis.

E no andar de baixo, a extensão estava conectada. Patrícia, já nua na cadeira da recepção, ouvia cada sussurro com o coração aos pulos.


O Primeiro Toque Proibido , conversa sexual ao telefone

Marcos entrou no quarto e a viu de quatro, nua, com o corpo iluminado por luz baixa e as nádegas apontadas na direção dele.

— Amor…? — ele sussurrou, surpreso.

— Hoje é sua vez… como você sempre quis.

Ele ficou paralisado por um instante, depois tirou a roupa com pressa, mas ainda cuidadoso. Se aproximou dela, ajoelhou-se, e beijou suas costas, a curva da lombar, a cintura.

— Tem certeza?

— Tenta devagar… estou preparada.

Ele deslizou os dedos com delicadeza entre as nádegas dela, massageando com o lubrificante. Fernanda arqueou o corpo, soltando um gemido baixo.

Na extensão, Patrícia apertava as coxas uma contra a outra, sentindo os seios se eriçarem.

Marcos foi inserindo o dedo devagar, depois dois. O corpo de Fernanda se adaptava lentamente. Ela gemia baixinho, misto de prazer e desconforto, mas nunca parando.

Quando sentiu que era a hora, ele encostou a glande lubrificada e empurrou apenas a pontinha.

— Aí… só assim… — ela murmurava.

Ele entrou lentamente, milímetro por milímetro. Ela soltava o ar com a boca entreaberta, mãos agarrando os lençóis.

— Você é perfeita… — ele sussurrou.

No andar de baixo, Patrícia gozou em silêncio, com lágrimas nos olhos, como se tivesse participado da cena.


<h2>Ligação no Dia Seguinte</h2> <h3>conversa sexual ao telefone</h3>

Na manhã seguinte, Marcos já estava no escritório quando o telefone tocou. Atendeu com a voz baixa, ainda excitado pela noite anterior.

— Alô?

— Bom dia, meu amor… dormiu bem depois de ontem?

— Fernanda… eu nem dormi. Só pensava no que você fez.

— E eu… ainda estou com seu cheiro aqui atrás de mim.

Ele ficou sem ar. Na recepção, Patrícia ouvindo tudo pela extensão, já ofegante.

— Quer saber o que eu senti?

— Me conta…

— Quando você entrou em mim, devagar, como eu pedi, parecia que o mundo parava. Senti cada segundo… e o jeito como você me segurava pela cintura… me arrepiava inteira.

— Fernanda…

— Eu me abri pra você, amor. Literalmente. E amei. Estou com vontade de tentar de novo… talvez mais fundo.

— Meu Deus… você vai me matar.

Fernanda sorriu e falou, sabendo que a irmã ouvia:

—E tem alguém aí que também adorou ouvir tudo. Não é, Patrícia?

Na recepção, Patrícia arregalou os olhos, apertou as pernas com força e gemeu baixo.

Ela sabia. E isso deixava tudo ainda mais quente.


Segredo à Meia-Luz

Dias se passaram. Fernanda planejava repetir a experiência. E naquela noite, antes de Marcos chegar, ela foi até o quarto da irmã.

Patrícia estava deitada, lendo. Usava apenas uma calcinha fina. Os olhos se cruzaram. Fernanda fechou a porta.

— Você gostou daquela noite?

— Muito. Eu quase gritei de prazer ouvindo vocês.

— Eu também. Mas hoje… quero algo antes dele.

Patrícia sentou na cama sem falar. Fernanda subiu sobre ela, com a pele quente e a boca pronta.

Se beijaram com mais fome que da primeira vez. Fernanda passou a língua nos mamilos da irmã, desceu até o ventre, e chupou Patrícia com intensidade. A jovem tremia, agarrando o travesseiro com os dentes.

Elas gozaram juntas, enlaçadas, antes que Fernanda se levantasse, nua, e dissesse:

— Hoje quero que você veja de novo. Ele vai tentar mais fundo. Fica atenta. A porta estará aberta.

Patrícia sorriu, ainda ofegante.

— Estarei lá. Sempre.

E naquela noite, as paredes da casa ouviram tudo. Gemidos, suspiros, e a porta entreaberta, com olhos atentos do outro lado.

O prazer, agora, era um segredo a três.


Capítulo 4 — Vozes Entre as Paredes

Assinatura:
✦ Por Clara Noir
Exclusivo para o blog Noites Proibidas

Scroll to Top