O despertar do desejo — o início do amor proibido
Desde o primeiro instante em que seus olhares se cruzaram , Helena e Adrian sentiram uma chama acender. Ela, uma mulher de fibra, dona do próprio destino , via naquele rapaz jovem e intenso algo que fazia o sangue pulsar diferente em suas veias. Ele, por sua vez, admirava a força e o mistério que emanavam dela, desejando-a com uma urgência que queima a alma.
Numa noite calma, entre as sombras e o sussurro , ele se aproximou com um sorriso tímido, e ela o recebeu com a mesma intensidade, como se o mundo inteiro se resumisse àquele momento.
As mãos dele exploraram seu corpo com reverência e fome, o toque firmando-se em cada curva, em cada centímetro de sua pele quente. Helena gemeu baixinho quando sentiu os lábios dele descendo pelo pescoço, beijando aquela pele macia, enquanto a mão segurava com força seu quadril, puxando-a para mais perto, fazendo o desejo crescer como uma tempestade prestes a explodir.
Ele acariciou , sentindo o tesão vibrar por todo o corpo dela. Ela arqueou-se contra ele, e chamando-o, e quando ele finalmente penetrou , os dois perderam-se em um êxtase bruto e delicado ao mesmo tempo.
Os gemidos e suspiros misturavam-se , selando um pacto silencioso de paixão, poder e entrega.
A vida que passou entre os dias
Os anos deslizaram suavemente naquela casa no alto da montanha, entre o murmúrio do mar e o sussurrar das árvores. Helena viveu como nunca havia imaginado — uma mulher liberta do peso da dor e da culpa, entregando-se aos prazeres do corpo e da alma com Adrian, seu companheiro silencioso e eterno.
Ela não envelhecia como ele? Era a ela que o tempo parecia cobrar o preço. As rugas surgiam discretas em seu rosto, as mãos já não tinham a mesma firmeza e a força que antes a comandava nos mares. Mas seu olhar mantinha o fogo aceso, o mesmo brilho intenso daquela jovem capitã que dominava tempestades e homens.
Entre gemidos e sussurros, noites e madrugadas de tesão, eles consumiam o amor com a urgência dos que sabem que o tempo é o maior inimigo. Ela o possuía com avidez, sentido cada centímetro da sua pele, o corpo entrelaçado ao dele numa dança que desafiava os anos e as sombras.
Adrian a penetrava com calma, lenta tortura de prazer que a fazia gozar vezes sem fim, ele a sentia pulsando em cada investida. Era ali, naquela casa afastada do mundo, que Helena conheceu o verdadeiro significado do desejo — intenso, cru, e cheio da doçura que só o amor pode ter.
A revelação inesperada
Foi numa tarde tranquila, quando o sol começava a mergulhar no horizonte, que tudo mudou. Helena e Adrian caminhavam pela trilha que levava ao penhasco, o ar fresco envolvendo-os em silêncio confortável.
De repente, um clarão fugaz emanou do corpo dele, quase como se a luz de uma vela tremulasse no vento. Helena parou, os olhos fixos naquele brilho etéreo.
— Adrian… o que é isso? — sua voz saiu calma, curiosa.
Ele se encolheu, recuando alguns passos, o semblante tenso.
— Eu… eu não queria que você soubesse assim.
Ela deu um passo à frente, a mão estendendo-se para ele.
— Eu sei o que você é.
Adrian a olhou incrédulo.
— Como assim?
— Eu notei. Há muito tempo você não envelhece. Sempre igual. — Ela sorriu com doçura. — E aos poucos minhas memórias voltaram.
O silêncio pairou entre eles.
O diálogo do passado e do presente
Adrian finalmente sentou-se na pedra, o olhar fixo no mar.
— Por que não disse nada antes? Por que deixou que eu vivesse essa mentira?
Helena se sentou ao seu lado, o corpo encostando no dele, quente e real.
— Porque queria viver. Porque essa foi a minha chance de viver uma vida que já havia perdido.
Ela inspirou profundamente.
— O mar, o comando, as batalhas… isso já não é mais para mim. Já não tenho a força, a vontade.
Ele virou-se para ela, o rosto iluminado pelos últimos raios do sol.
— Eu pensei que isso a assustaria, que você fugiria.
— Não, Adrian. Só trouxe mais sentido para tudo. Você é o meu passado e o meu presente.
Seus dedos entrelaçaram-se, e ela sentiu o pulsar lento e constante do coração que, afinal, batia em seu peito.
A sepultura e o pôr do sol
Anos depois, quando Helena finalmente descansou, uma única sepultura repousava no alto da montanha, com vista para o mar que a havia levado e salvo tantas vezes.
Adrian, agora uma sombra suave entre as árvores, permanecia ao seu lado.
No final de uma tarde dourada, duas silhuetas observavam o pôr do sol, mãos dadas, silentes, unidas para sempre pelo amor, pelo desejo e pelo tempo.
Lições de Julho
Por Clara Noir para o blog Noites Proibidas.
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