Capítulo 2 —Vozes Entre as Paredes

 A Porta Entreaberta

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Um Plano de Surpresa , conversa sexual ao telefone

A tarde caía quente sobre os telhados do bairro nobre onde funcionava o escritório de Olavo Torres. Na recepção, Patrícia ajeitava papéis que não lia de verdade. Sua mente já antecipava o que viria. O relógio marcava 16h18. O telefone de Marcos estava prestes a tocar.

Lá em casa, Fernanda passava batom diante do espelho. Vestia um conjunto preto rendado por baixo do sobretudo de seda. Não era só uma ligação quente dessa vez. Ela queria surpreender o noivo dentro do escritório. Ver a reação dele ao encontrá-la de salto alto, sem calcinha, pronta para sentar em seu colo e cavalgar com o vigor de uma mulher faminta.

Pegou o celular e discou o número fixo da sala de Marcos.

— Amor… estou com saudades — disse ela em voz doce, enquanto descia do carro e atravessava o jardim de entrada do prédio.

— Você sempre me diz isso nesse horário — respondeu ele com um sorriso na voz.

— E você sempre fica duro só de ouvir minha voz, não é?

— Você não tem ideia… Fernanda…

Ela passou pela recepção sem fazer barulho. A porta de vidro estava entreaberta, e Patrícia não percebeu sua entrada. Fernanda ia entrar direto na sala do noivo, mas algo a parou.

Um gemido.

Fraco, abafado.

Veio da recepção.

Ela deu um passo atrás… e parou diante da cena mais inesperada da sua vida.


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A Descoberta

Patrícia estava sentada de pernas bem abertas, com a saia puxada para cima e a calcinha encharcada no meio dos joelhos. Um dos dedos girava frenético sobre o clitóris, enquanto a outra mão segurava firme o telefone da extensão encostado ao ouvido.

— Ai… ai, Marcos… mete nela… — ela sussurrava para si mesma, olhos fechados, mordendo os lábios.

Fernanda ficou estática. O celular ainda no ouvido. A conversa com Marcos seguia, mas ela já não ouvia mais nada. A imagem da irmã, se masturbando ouvindo a conversa sexual ao telefone… aquilo explodiu como uma bomba de desejo, surpresa e incredulidade.

Ela observou.

Simplesmente não conseguia olhar para outro lado.

Viu a maneira como Patrícia apertava os seios por cima da blusa. Como seu quadril se movimentava devagar na cadeira. Como os dedos encharcados pareciam conhecer exatamente o caminho até o prazer.

E então veio o gemido.

Mais forte, incontido.

— Ai… tô gozando…

Os olhos se abriram e cruzaram com os de Fernanda, que estava de pé, boquiaberta, segurando o celular com a chamada ainda aberta.

Patrícia travou.

O gemido morreu na garganta.

— Fe… Fer… Fernanda?! — a voz dela tremeu de susto e vergonha. — Eu… eu…

— Eu vi… tudo — sussurrou Fernanda, com um brilho estranho nos olhos.


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Confissões Noturnas , conversa sexual ao telefone

A casa estava em silêncio naquela noite. Na mesa do jantar, Fernanda mal tocou na comida. Patrícia não conseguia nem olhar nos olhos da irmã. A vergonha era pesada demais.

Mais tarde, no quarto que dividiam desde adolescentes, a conversa finalmente começou.

— Eu nunca ia imaginar… — disse Fernanda, sentada na cama, os joelhos dobrados contra o peito.

Patrícia, deitada de lado, com os olhos marejados, respondeu num fio de voz:

— Eu… eu não sei o que me deu… Me perdoa, Fer…

— Você estava ouvindo a gente, todo esse tempo?

Silêncio.

— Sim… — Patrícia confessou. — Desde o primeiro mês. Eu… gosto da sua voz quando você fala com ele. Gosto do jeito como ele responde. Gosto de imaginar… vocês dois.

— Você… já fez com alguém?

— Nunca. Nem beijei de verdade. Só me toco. Sozinha.

Fernanda ficou em silêncio por longos segundos.

— E quando começou a escutar?

— No dia em que você falou que estava sem calcinha. Ele ficou sem ar… e eu também. Desde então, escuto. Todos os dias. Na extensão. Me masturbo ouvindo vocês. Eu sei que é errado…

Fernanda respirou fundo. Sentia raiva? Não. Surpresa, sim. Mas também algo mais escuro, mais quente.

Um prazer estranho em ser… observada.


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Desejos Não Ditos

Os dias seguintes foram cheios de silêncios e olhares longos.

Fernanda não contou nada para Marcos. Mas passou a olhar diferente para a irmã. Patrícia, por sua vez, andava como quem flutua entre a vergonha e o alívio.

Numa tarde, enquanto se trocavam no quarto, Fernanda se aproximou devagar e disse:

— Você pode continuar ouvindo. Não precisa parar.

— Sério?

— Sim. Mas agora, eu vou saber que você está ouvindo. Isso muda tudo, não muda?

— Muda. Me deixa ainda mais molhada.

— E se… eu deixasse a porta entre os quartos aberta?

Patrícia prendeu a respiração.

— Eu poderia te ver…?

— Poderia. Mas sem fazer barulho. E sem contar pra ninguém.

— Nunca. Eu juro.

Fernanda sorriu.

— Então, está combinado. Hoje à noite.

Naquela noite, antes que Marcos chegasse, Fernanda deixou a porta entreaberta. Acendeu o abajur do canto, colocou uma camisola curta e se deitou na cama. Patrícia ficou do outro lado, imóvel, olhos fixos no vão da porta.

Quando Marcos chegou, Fernanda o montou sem cerimônia, cavalgando com paixão. Cada gemido ecoava pelas paredes. E Patrícia… observava. Dedo entre as pernas. Boca entreaberta. Gozo nos olhos.


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Testemunha do Prazer , conversa sexual ao telefone

Com o tempo, a rotina mudou.

Agora, Fernanda fazia questão de sussurrar mais alto ao telefone, sabendo que Patrícia ouviria. Descrevia o que queria fazer, gemia ao falar, dava instruções a Marcos em detalhes. E na hora do sexo, deixava a porta aberta propositalmente.

Patrícia, sempre em silêncio, sentada ao chão, escondida no escuro, passava a mão entre as coxas com olhos fixos na irmã sendo penetrada com força.

Num sábado, Fernanda olhou direto para a porta e sussurrou entre gemidos:

— Ela está vendo a gente… Marcos…

Ele não entendeu.

— O quê?

— Nada… fode mais forte…

Na verdade, só de imaginar a irmã ali, assistindo tudo, Fernanda gozava com mais facilidade. Sentia-se poderosa. Desejada. Excitada pela transgressão.

Patrícia, por sua vez, não queria mais parar. Vivia para aquele momento. E sonhava com algo a mais…


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Entre Irmãs

Na madrugada seguinte, deitadas lado a lado na cama de solteiro, Fernanda perguntou:

— Você pensa em mim, quando se toca?

Patrícia hesitou.

— Penso. Nos dois. Mas… em você, sim. Você é linda. Livre. Quente. Eu te admiro.

— E sente vontade de… me tocar?

— Eu não sei… talvez. Sim.

Fernanda se aproximou, encostou a testa na dela e sussurrou:

— Se um dia você quiser… me avisa.

Patrícia engoliu em seco.

— Mesmo?

— Mesmo.

Elas se olharam por longos segundos.

Nada mais foi dito naquela noite. Mas o clima… mudou para sempre.

Agora, Fernanda não era apenas a noiva de Marcos. Era a mulher que ensinaria a irmã sobre o prazer. Que a convidaria para observar. Talvez, um dia… para participar.

E no fundo, ela sabia… aquele dia estava cada vez mais perto.


Capítulo 3 — Vozes Entre as Paredes

Assinatura:
✦ Por Clara Noir
Exclusivo para o blog Noites Proibidas

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