Entre Portas e Segredos
Assinatura: Clara Noir – Blog Noites Proibidas
Segredos ao pé do ouvido
Fernanda estava deitada ao lado de Marcos, os corpos ainda suados do sexo que haviam feito. A luz do abajur deixava o quarto em um tom âmbar, quente, íntimo. Ela acariciava o peito dele com movimentos preguiçosos, enquanto ele passava os dedos devagar em suas costas nuas.
— Você sabe que aquela noite não saiu da minha cabeça, né? — ele disse, olhando para o teto.
— Qual delas? — Fernanda sorriu com malícia, subindo um pouco sobre ele.
— Aquela em que você falou no telefone… que a Patrícia estava ouvindo.
Ela parou. Seus olhos escureceram por um instante, e depois sorriu, como quem decide não esconder mais o segredo.
— Você lembra mesmo disso? Achei que tinha passado despercebido…
— Eu fiquei com isso na cabeça. Sério mesmo que ela estava ouvindo? — Marcos se virou, encarando-a com mais atenção.
Fernanda ficou em silêncio por alguns segundos. Depois assentiu.
— Ela ouve. Há meses. Pela extensão do telefone do quarto.
Marcos não escondeu o choque. Ficou ereto na cama, os olhos arregalados.
—… e você deixou?
— Não só deixei. Comecei a gostar da ideia. A cada gemido meu, eu imaginava ela do outro lado, excitada… tocando-se. Isso me deixava ainda mais molhada.
<h3>conversa sexual ao telefone</h3>
Marcos passou a mão pelos cabelos, absorvendo tudo aquilo.
— Isso é surreal, Fernanda.
— E se eu te dissesse que quero inverter a situação? Que agora é você quem vai observar?
Ele engoliu seco.
— Observar… você com ela?
Fernanda se aproximou e mordeu o lóbulo da orelha dele.
— Você vai chegar em casa depois que ela. A porta entre os nossos quartos vai estar entreaberta. Só observar… sem fazer barulho.
<h2>Porta entreaberta</h2>
Na manhã seguinte, Fernanda conversou com Patrícia no banheiro, entre escovas de dentes e toalhas caindo do corpo.
— Você vai chegar em casa antes de mim hoje? — Fernanda perguntou, passando batom.
— Sim. Por quê?
— Quero te ver. Quero você… e sei que você também quer.
Patrícia corou, mas não negou.
— Fernanda… a gente vai continuar com isso?
— Enquanto for gostoso pra nós duas… sim. Mas tem um detalhe.
— Qual?
— Hoje, a porta vai estar aberta. Só um pouco. E você não vai olhar pra ela em nenhum momento. Promete?
— Por quê? Quem vai…
— Confia em mim. Só promete.
Patrícia hesitou, mas concordou.
— Eu prometo.
<h2>Os olhos por trás da fresta</h2>
À noite, Marcos chegou como combinado. Entrou em silêncio, tirou os sapatos e foi direto até o corredor. A fresta da porta do quarto de Fernanda deixava escapar uma luz tênue.
Ele se aproximou devagar.
Lá dentro, viu Fernanda deitada de lado, nua, acariciando os cabelos de Patrícia que repousava entre suas coxas. A irmã mais nova beijava a barriga de Fernanda, subindo devagar até seus seios.
O coração de Marcos disparou. Ele nunca tinha imaginado ver aquilo. As duas se acariciando, trocando beijos suaves, gemidos abafados.
<h3>conversa sexual ao telefone</h3>
Fernanda olhava discretamente para a porta, ciente de que estava sendo observada. Abriu as pernas um pouco mais, para que ele visse. Patricia deslizava os dedos pela intimidade dela, lambendo devagar.
Marcos não se conteve. Encostou-se à parede e começou a se tocar por cima da calça, os olhos fixos naquela cena proibida.
O jogo continua
No dia seguinte, enquanto Marcos estava no trabalho, o celular vibrou. Era Fernanda.
— Bom dia, meu amor — ela sussurrou. — Dormiu bem?
— Melhor impossível depois do que eu vi ontem…
Fernanda deu uma risada gostosa.
— E se eu te contasse o que a Patrícia fez comigo depois que você saiu da frente da porta?
— Fernanda…
— Ela enfiou dois dedos em mim. E eu pedi pra ela não parar. A gente dormiu abraçadas, nuas… você imaginava isso?
— Você tá me deixando maluco — ele disse, a respiração acelerada.
— Vai se tocar agora? Sabe que a Patrícia pode estar ouvindo, né? — ela provocou.
Do outro lado da linha, Patrícia estava mesmo ouvindo. A mão entre as pernas, a respiração acelerada, gemidos contidos.
Era o novo jogo deles: a conversa sexual ao telefone com plateia escondida.
Mais uma noite, mais uma fresta
Duas noites depois, Fernanda bateu na porta da irmã. Estava de lingerie preta, rendada, com um robe de seda transparente.
— Posso entrar?
Patrícia assentiu, já nua deitada sobre os lençóis. Fernanda se aproximou, beijou a barriga da irmã e subiu até os lábios.
— Hoje, ele vai nos observar de novo.
— Você tem certeza?
— Ele está viciado nisso. E eu também.
As duas se entregaram. Línguas, dedos, corpos colados. Fernanda gemia mais alto, de propósito. Seus olhos buscaram a porta entreaberta. Sabia que Marcos estava ali.
Lá fora, Marcos não acreditava no que via. E sabia: uma hora, não resistiria.
Desejos acumulados
A tensão estava no limite. Fernanda sabia disso. Patrícia também.
— Quando vai contar tudo a ele? — perguntou Patrícia, nua deitada sobre os lençóis, depois do sexo.
— Em breve. Quero que ele deseje isso com todas as forças. Quero que ele peça.
— Ele já está pedindo com os olhos, você viu?
Fernanda sorriu.
— Vi. Mas antes… quero provocá-lo mais. Hoje, vou deixar a porta mais aberta. Quero que ele ouça tudo. E veja tudo.
Patrícia acariciou a coxa da irmã.
— Acha que ele vai aguentar?
— Não. Mas esse é o plano.
Próximo capítulo: o toque que une os três
A noite seguinte prometia ser definitiva. A tensão entre os três havia se acumulado como uma corrente elétrica prestes a explodir. Fernanda estava pronta. Patrícia, entregue. Marcos… faminto.
A união dos três estava prestes a acontecer. Mas não agora. Ainda havia mais olhares, mais provocações, mais conversas sexuais ao telefone.
Eles estavam presos naquele jogo. E ninguém queria parar.
Assinatura: Clara Noir – Blog Noites Proibidas