Capítulo 1 — A Chegada à Colina
O Dr. Silas Heath chegou à Mansão Carlow em uma tarde cinzenta, guiado por cartas inquietantes do patriarca da casa. A jovem herdeira, Lillian, sofria de uma febre inexplicável, agravada apenas à noite.
A mansão era gótica, isolada, e envolta em brumas eternas. Os empregados falavam baixo. E Lillian… estava pálida demais.
Ao examiná-la, Silas percebeu: não havia infecção, mas uma ausência. Como se algo dentro dela tivesse sido esvaziado pouco a pouco — talvez pelo ar noturno… ou por uma criatura que vinha em sua janela ao luar.
Capítulo 2 — Beijos nas Veias
Lillian sussurrava segredos quando dormia. Silas os anotava: nomes, datas, gritos. E o nome de uma mulher: Mirena.
Mirena era a antiga governanta, desaparecida há dois anos — descrita como bela demais para este mundo. Silas investigou… e descobriu retratos dela, sempre ao lado de Lillian. Tocando-a. Observando-a dormir.
Numa madrugada insone, ele viu.
A mulher. Desnuda, flutuando sobre a cama de Lillian, os cabelos tocando seus seios, os lábios colados ao seu pescoço. Um beijo que sangrava lentamente — prazer e tormento.
Mas Lillian gemia de prazer. E estendia os braços.
Capítulo 3 – Uma cura reversa
Silas se viu envolvido. Ao tentar afastar Mirena, foi seduzido. A vampira era de uma beleza quase bíblica, e seus olhos antigos conheciam os desejos que ele nunca confessara.
Numa noite proibida, ele se entregou. E ao acordar, Lillian estava diferente: radiante, forte. Alimentada. Ele percebera — ela jamais for a vítima. Era discípula.
Silas fugiu. Ou tentou. Mas os portões estavam trancados.
A mansão Carlow não curava doenças. Criava as suas.
Por Clara Noir para o blog Noites Proibidas.
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